Monday, 24 October 2022
Quais são os tipos de combustível em Portugal?
A Expoeuropa descodifica os tipos de combustível em Portugal e as vantagens e desvantagens de cada um: gasolina, gasóleo, elétrico, híbrido e outros.
Para ajudar a decidir na escolha da sua próxima viatura, a Expoeuropa analisa os diferentes tipos de combustível em Portugal e os prós e contras de cada um.
Gasóleo ou gasolina? Normal ou aditivado? Quantas octanas? O GPL é seguro? Estas são algumas das perguntas mais frequentes quando se está a pensar em comprar carro. Nos dias que correm, há mais opções a considerar: híbrido ou elétrico?
Entre tantas possibilidades de nomes, variedades e valores, é difícil perceber as vantagens e desvantagens de cada tipo de combustível.
Há que considerar fatores como o constante aumento dos preços de combustível e a necessidade de um mundo mais sustentável, que não esgote os recursos fósseis. Tudo isto pode ser complicado na hora da decisão quanto ao tipo de carro a comprar. E quem fala em carros, fala em camiões, autocarros, motociclos, barcos e até aviões.
Afinal, o que faz mover uma viatura tem influência não só no preço final, mas também na pegada ecológica, na performance do carro e no próprio estilo de vida do proprietário.
Um veículo híbrido é constituído por dois tipos de energia diferentes: elétrica + gasolina ou elétrica + gasóleo. Assim, aproveita as vantagens de cada um.
Os veículos híbridos elétricos têm um motor de combustão interna e um ou mais motores elétricos, que usa a energia acumulada nas baterias. Um veículo híbrido elétrico não pode ser ligado à corrente para carregar a bateria. A bateria é antes carregada pela travagem regenerativa e pelo motor de combustão interna. A bateria pode também alimentar cargas auxiliares e reduzir o motor em marcha lenta quando parado.
Este vídeo mostra como funciona o motor de um veículo híbrido:
-Melhor economia de combustível sem sacrificar o desempenho
-Motor a gasolina de menor dimensão
-Redução do consumo de combustível e das emissões de CO2
-Incentivos fiscais
-Preço de compra mais elevado
-Baterias não reutilizáveis
-Manutenção dos motores mais cara
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Os veículos 100% elétricos são considerados os mais ecológicos. Poluem menos e custam menos a manter. São propulsionados por dois motores elétricos alimentados a bateria, que por sua vez é carregada nas tomadas da rede elétrica, sem provocar emissões poluentes.
No entanto, abastecer o motor pode demorar – um carregamento para 100 quilómetros pode levar entre 20 minutos e 4 horas. A autonomia também é limitada acima dos 200 quilómetros diários.
Quer saber mais sobre a poluição causada pelos combustíveis fósseis e elétricos? Veja este vídeo:
-Incentivos fiscais (isenção de IA e IUC)
-Veículos não poluentes
-Circulação silenciosa
-Manutenção e carregamentos mais baratos
-Dificuldade em encontrar postos de abastecimento elétrico
-Demora no carregamento
-Valor de aquisição mais elevado
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Os veículos a gasóleo usam a ignição do combustível conseguida pela compressão de ar dentro do cilindro, que por sua vez causa a temperatura alta necessária para arrancar. A sua potência é expressa em binário.
Existem mais de 4,5 milhões de veículos a gasóleo em Portugal*, o que demonstra a preferência por este tipo de combustível. Um carro a gasóleo apresenta melhores resultados em grandes distâncias e a longo prazo. Há mesmo registos de veículos com milhões de quilómetros percorridos.
No entanto, as emissões lançadas por um carro a gasóleo estão ligadas a maior incidência de doenças respiratórias como a asma.
-Maior fiabilidade do motor
-Ideal para percorrer grandes distâncias com frequência
-Preço do combustível tendencialmente mais barato que a gasolina
-Tradicionalmente mais poluente
-Valor de aquisição e impostos mais altos
-Maior nível de ruido provocado
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Como subproduto do petróleo, a gasolina é um dos principais combustíveis utlizados em Portugal. O motor funciona por combustão interna e a sua potência é medida em “cavalos”. É a solução preferida dos condutores que percorrem pequenas distâncias.
A gasolina aditivada contém detergentes dispersantes, que ajudam a limpar e a melhoram a lubrificação e o desempenho do motor. É aconselhável usar gasolina aditivada pelo menos a cada três ou quatro abastecimentos, já que a limpeza efetuada vai ajudar a poupar combustível e a diminuir a poluição.
-Preço mais baixo dos automóveis
-Manutenção mais barata
-Maior potência do motor
-Maior emissão de CO2
-Resíduos deixados na queima podem prejudicar o desempenho do motor
-Grande desgaste a partir dos 200 mil quilómetros
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Os veículos movidos a Gases de Petróleo Liquefeito (GPL) também usam combustível derivado de petróleo. A diferença é que a fonte de energia surge aqui sob a forma gasosa, disponibilizada em garrafas, canalizada ou em postos de combustível.
Os motores alimentados a gás têm dois tanques, um para GPL e outro par gasolina ou gasóleo. Esse dispositivo é geralmente instalado na bagageira do veículo.
O GPL inclui o propano, o butano e a mistura de outros gases. É a solução encontrada para proporcionar gás combustível fora dos grandes centros urbanos, o que se revela particularmente importante em zonas geograficamente mais remotas.
-Menos poluente, com baixa emissão de CO2
-Mais económico que gasolina e gasóleo
-Autonomia alternada entre gás e outro combustível
-Pouca disponibilidade de veículos GPL
-Dispositivo torna o veículo mais pesado
-Manutenção mais difícil
Qual será o combustível do futuro? Será que caminhamos para uma fonte de energia sustentável e acessível?
A empresa canadiana Loop Energy criou a S1200, uma célula de combustível de hidrogénio capaz de percorrer grandes distâncias a menor valor do que o diesel.
Segundo a empresa, um camião consegue percorrer 179 quilómetros com 100 dólares desta energia, face aos 173 quilómetros percorridos por um camião a diesel. A poupança conseguida pode ascender a 16%, tem um potencial de mais 90% energia e alcance de 10 vezes melhor uniformidade da densidade da corrente, permitindo um alto desempenho ao longo de cada canal sem degradação.
Outros combustíveis alternativos incluem o etanol, o hidrogénio, o propano, a biomassa, o gasogénio ou o metanol. O mais usado em Portugal é o GPL, com quase 60 mil veículos registados em 2020.
O biodiesel, por outro lado, recorre a gorduras de origem vegetal ou animal como óleo de soja, algas, banha, etc. É mesmo possível reciclar óleos de cozinha usados e convertê-los em biodiesel para automóveis. O biodiesel pode ser usado em motores de combustão, sendo atualmente a única alternativa viável ao petróleo usado por estes veículos.
